Siderúrgicos se preparam para impulso antissindical de Bolsonaro

“Bolsonaro sinalizou que vai acabar com a organização dos trabalhadores”, diz Sérgio César de Oliveira, líder sindical no estado de SP com 30 anos na área”

O presidente dos EUA, Donald Trump, se vangloriou de ter feito uma multidão de trabalhadores de siderúrgicas americanas derramar lágrimas de alegria, agradecidos pelas medidas que ele tomou para garantir seus empregos.

No Brasil, o “Trump dos Trópicos”, como o presidente Jair Bolsonaro às vezes é chamado, está provocando a reação oposta nos siderúrgicos sindicalizados, o que pode desestabilizar um setor que começa a se recuperar lentamente de uma recessão que fechou quase 80 operações e provocou a perda de 47.000 empregos no fim de 2016.

Bolsonaro prometeu ampliar os investimentos em infraestrutura, recebendo elogios de executivos das siderúrgicas Usiminas e Gerdau, entre outras.

Mas os líderes sindicais dizem temer que o novo presidente, um admirador de períodos passados de governo militar, reduza ainda mais os direitos dos trabalhadores, já enfraquecidos pelas leis trabalhistas aprovadas no governo anterior.

“Bolsonaro já sinalizou que vai acabar com a organização dos trabalhadores, com o ativismo”, disse Sérgio César de Oliveira, líder sindical no estado de São Paulo com 30 anos no setor. “É o aparato do estado contra os trabalhadores.”

O discurso de Bolsonaro sugere que ele tentará abolir a Justiça do Trabalho no país e minar proteções sindicais, afirmam Oliveira e outros líderes sindicais. O Planalto não respondeu imediatamente aos pedidos de comentário feitos por e-mail e telefone.

Fonte: https://exame.abril.com.br/economia/siderurgicos-se-preparam-para-impulso-antissindical-de-bolsonaro/

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